segunda-feira, 2 de abril de 2012

História das Bolsas: Chanel 2.55


     Após imprimir na moda um estilo que incluía cabelos curtos, o preto como sinônimo de elegância, e não de luto, e bijuterias em vez de joias, Mademoiselle Chanel criou mais um acessório: a 2.55, a primeira bolsa a tiracolo de que se tem notícia. Antes dela, isso era coisa de carteiro. A exemplo de toda a praticidade que a estilista propunha, a bolsa havia também de ter um nome prático. Assim, da junção entre o mês de sua invenção, fevereiro, e o ano, 1955, nasceu a sigla 2.55. 

      Para começar, o processo de fabricação desse modelo revolucionário (a primeira bolsa de ombro!) tem 180 etapas e todas as pessoas envolvidas no desenvolvimento da bolsa trabalham na fábrica a mais ou menos 17 anos. Todo o processo é feito 100% à mão e somente o couro mais macio é utilizado. Aí vem a parte ruim, nem tudo é perfeito, não é?! Para fazer apenas 1 bolsa, o couro de 3 cordeiros é utilizado, garantindo assim que somente a parte mais macia esteja no processo. O preço da 2.55 nunca varia muito. Está sempre em torno de US$3.000,00.
     A parte mais interessante é a distribuição interna da bolsa. A aba possui um compartimento secreto que era utilizado para esconder cartas de amor, muito comuns naquela época! Além desse bolso secreto existem ainda 3 compartimentos, sendo que um é especialmente para guardar o batom.
     Apesar de utilizar o couro mais macio, a 2.55 não pode ser frágil. Por isso, o acolchoado é feito com uma linha super especial e seu processo guardado a sete chaves. Depois da bolsa pronta, a corrente dourada entrelaçada de couro é colocada como última etapa da fabricação.

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