segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Atenção às bactérias escondidas nos objetos que carrega em sua bolsa

Os homens não cansam de dizer que toda mulher carrega um caminhão dentro da bolsa. A verdade é que somos apenas prevenidas. Ou alguma de nós nunca precisou sacar de repente o batom ou uma escova? O problema real é que, junto com adorados objetos ali guardados, transportamos no escurinho do zíper alguns germes nada amigáveis, prontos a provocar doenças que vão de um simples resfriado a algo ainda pior, como a gastroenterite. O biomédico paulista especialista em saúde pública Roberto Figueiredo, conhecido como o Doutor Bactéria do Fantástico, programa da Rede Globo, apontou os microorganismos que pegam carona conosco a tiracolo. Acredite: não há modelo Birkin, Hermès ou Dolce & Gabbana capaz de sair ileso dessa varredura. O melhor a fazer, claro, é a prevenção.

Chicletes, balas e guloseimas



O Doutor Bactéria é categórico: germes adoram qualquer alimento, em particular os que contenham umidade e açúcar. Em contato com a salmonela e o E. coli, uma simples goma de mascar facilmente causa diarréias e dores abdominais. Melhor manter tudo selado com plástico e eliminar as embalagens abertas no prazo máximo de 48 horas.

Comprimidos



Pode ter certeza: consumir remédios que ficaram expostos ao oxigênio e ao calor dentro da bolsa pode provocar uma bela dor de cabeça. O ideal é levar com você só a quantidade para consumo diário. E num recipiente.

Escova de dente



Além de trocá-la de três em três meses, no máximo, a cada uso é bom lavá-la com água e uma solução de gluconato de clorexidina a 0,12%, especialmente se a deixa exposta no banheiro antes de colocá-la na bolsa. “As cerdas podem abrigar desde bactérias fecais até as causadoras de otite, conjuntivite e sinusite, por exemplo.”

Celular


Não vive sem ele? “Esse é um dos objetos mais contaminados do mundo atual”, garante Figueiredo. “Sua sujeira é semelhante à encontrada na sola do sapato e pode conter todos os microorganismos presentes também no dinheiro”, alerta. Para limpar seu aparelho, use álcool isopropílico, à venda nas farmácias de manipulação. E todos os dias!

Escova e pente de cabelo



Suas cerdas e dentes podem abrigar fungos da caspa e de várias infecções, sem falar no ácaro, o vilão das alergias. Deixar essa dupla perto de um alimento solto na bolsa (como maçã) é roubada — fios mortos (além dos cosméticos aplicados) servem de alimento para os germes. Para manter esse arsenal da penteadeira tinindo, lave tudo a cada dois dias com água e sabão. “Não é preciso ferver nem usar outros produtos químicos”, diz o biomédico.

Batom



Para não adotar um sorriso amarelo (de doente), fuja dos com validade vencida. Se tiver hidratante na fórmula, é ainda pior, já que microorganismos amam umidade. Emprestou à amiga? “Pode pegar herpes labial, candidíase oral (sapinho) e cáries. Contaminado, serve de trampolim ao Helicobacter pylori, germe causador da gastrite e da úlcera”, diz o Doutor.

Carteira



“As notas contidas nela costumam passear por locais cuja imaginação mais fantasiosa jamais alcançaria”, diz Figueiredo. Resumo da ópera: têm elevado nível de contaminação. Nosso rico dinheirinho transporta germes como o Staphylococcus aureus (provoca otite, conjuntivite, sinusite e doenças alimentares, entre as infecções) e a Candida albicans (causadora de candidíase e até unheiros), além de fungos das micoses. Mais: vírus responsáveis por gripes, resfriados e outras doenças nada agradáveis convivem ali numa boa. Para se proteger, lave bem as mãos. Géis anti-sépticos são úteis, mas não sem antes um pit stop na torneira. “Em vez de limpar, podem fixar a sujeira ali presente”, alerta ele.

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