domingo, 2 de outubro de 2011

A Bolsa na Idade Média


Até o fim da Idade Média as bolsas desfrutavam de uma androgenia a parte, através de variações, tamanhos, ornamentos e capacidade interna peculiar a cada sexo. As bolsas masculinas, maiores que as femininas eram geralmente feitas de couro, peles, tecidos ornados com franjas, pingentes, bordados em fios de ouro, prata e pedrarias. Algumas bolsas chegavam a custar mais caras do que o ouro da época. As pochetes eram pequenas e chatas, presas bem rentes a cintura. Já os sacos eram maiores e suspensos por longos cordões, muitas vezes chegando abaixo do joelho.

Certas bolsas “especiais”, tinham o objetivo de carregar itens como remédios, tabaco, rapé, chaves, leques, escovas de cabelos e algumas foram desenhadas para armazenar relíquias e livros de oração, conhecidas como bolsas relicário.

No século XV as bolsas ainda continuavam a ser usadas suspensas pelo cinto tanto por homens como por mulheres. Na versão feminina era chamada de escarelle (palavra francesa escar, que significa avarento). Na versão masculina, estilo à bolso (um modelo retangular) e à esmoleiro (trapezoidal ou quadrada).

A prática medieval de dar esmolas deu origem a uma bolsa chamada Almoniere. Ela foi usada predominantemente nas Cruzadas, continuando no período Gótico e na Renascença. Designada para carregar moedas de ouro, foi dada pelo clero a membros das Cruzadas. Foram confeccionadas em seda, linho, veludo ou em couro, suspensas na cintura por cinturões ou cordões.

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